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 Depressão no idoso

O processo de envelhecimento faz parte do ciclo da vida pelo qual a maioria da população vai passar.

Dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram o crescimento da população idosa que ocorre devido aos avanços tecnológicos da medicina. Com o aumento da população idosa, também tem-se o aumento do número de casos de depressão nos idosos, o que torna  fundamental conhecer um pouco sobre as causas da depressão, complicações e tratamentos.

Existe um grande tabu acerca da depressão, principalmente quando se trata da depressão geriátrica, visto que muitos consideram a mudança no comportamento associado à idade.

Nessa fase da vida, as sintomatologias depressivas apresentadas são cercadas por elementos que estão relacionados não apenas à doença, mas também às alterações sentimentais próprias do envelhecimento e da experiência de mudança na forma de viver, visto que existe um contexto social marcado pela valorização dos hábitos da juventude.(HARTMANN JUNIOR; SILVA; BASTOS, 2009). Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão acomete 7% da população acima dos 60 anos de idade.

Qual é a causa da depressão?

A depressão não possui uma causa especifica, ela pode ser desencadeada por diversos fatores, dentre eles: fatores sociais, psicológicos e biológicos. Esse fomento à depressão pode está vinculado a acontecimento comuns no processo de envelhecimento, como doenças incapacitantes que promovam limitações às atividades antes exercidas de modo autônomo, afastamento do convívio com a família e amigos, morte do cônjuge ou outras pessoas próximas, falta de perspectiva para o futuro, sensação de aproximação com a morte, recursos financeiros reduzidos e aposentadoria, pois o idoso tem um maior tempo ocioso ficando a maioria do tempo em casa.

Como a depressão afeta a vida da pessoa?

A depressão afeta a qualidade de vida do idoso de maneira perceptível, interferindo em diversos aspectos do cotidiano do indivíduo que vai desde aspectos emocionais a físicos. A pessoa com depressão tem diminuição do prazer ao realizar atividades que antes eram prazerosas, tem insônia ou hipersonia, humor deprimido na maior parte do tempo, pode ter perda ou ganho de peso significativo, perda de energia ou fadiga, sentimento de inutilidade ou culpa excessiva, capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, perda ou diminuição do apetite. Além disso, pode ter pensamentos recorrentes de morte. Em muitos casos os sintomas da depressão são incorretamente atribuídos à idade, saúde fragilizada ou demência.

Quais são os fatores de risco para a depressão?

-       Insônias;

-       Isolamento;

-       Dor crônica;

-       Disfunções sexuais;

-       Perda da autonomia;

-       Problemas funcionais;

-       Predisposição genética;

-       Queda do poder aquisitivo;

-       Histórico familiar de depressão;

-       Alteração do status socioeconômico;

-       Aposentadoria ou perda do emprego;

-       Viuvez e morte de parentes ou amigos;

-       Problemas de saúde que requerem tratamento crônico;

Os principais sinais e sintomas da depressão no idoso:

-       Inquietação;

-       Irritabilidade;

-       Dores crônicas;

-       Perda de prazer;

-       Inutilidade da vida;

-       Isolamentos social;

-       Mudanças de humor;

-       Forte tristeza ou apatia;

-       Perda ou ganho de peso;

-       Fadiga e energia reduzida;

-       Alteração do comportamento;

-       Culpa excessiva e injustificada;

-       Alimentação reduzida ou ausente;

-       Abuso de álcool ou outras substâncias;

-       Desesperança, desamparo, sentimento de culpa;

-       Consultas médicas frequentes sem alívio dos sintomas;

-       Incapacidade de se concentrar, ou de ter um pensamento organizado;

Tratamento da depressão

 

Caso tenha identificado alteração no comportamento do idoso, é fundamental procurar ajuda especializada, mesmo que não se tenha certeza que o quadro seja depressivo. Com isso, pode-se buscar ajuda com médicos, psicólogos e assistentes sociais. O tratamento de depressão no idoso envolve uso de medicação, acompanhamento psicológico, prática de atividades de lazer e ampliação do círculo social. Além disso, é essencial o apoio da família ao idoso, compreendendo a situação vivenciada e incentivar a pessoa a seguir o tratamento corretamente. Se a depressão não for tratada, esta poderá evoluir para tentativas de suicídio, com isso é importante identificar o quadro depressivo e procurar tratamento o mais rápido possível. Não tenha vergonha, procure ajuda especializada. A depressão é uma doença séria, não é frescura, só tristeza ou falta de vergonha na cara.

Prevenção:

 

Envelhecimento saudável: Não existe uma fórmula mágica para se obter um envelhecimento saudável. Para que ocorra um envelhecimento com uma maior qualidade é necessário que ocorra um cuidado ao longo de toda a vida, com prática de atividade física regulares, alimentação saudável e presença de convívio com um círculo de amizade harmonioso.

Somada a isso, é importante ter um plano pós aposentadoria, ocorrer uma preparação psicológica para as mudanças que irão ocorrer na rotina. Desse modo deve-se realizar atividades que estimulem a funcionalidade, a vontade de conquistar novos objetivos de vida, traçar novas metas, não pensar que a vida acabou pelo fato de esta aposentado, além de manter uma interação social, com familiares, amigos e colegas de trabalho.

O envelhecimento é uma fase marcante na vida do indivíduo, na qual ocorre o desenvolvimento de limitações, porém é importante que se tenha claro que esse período possibilita aprendizado, novas experiências e oportunidades. O modo como se encara a velhice é fundamental para o bem-estar do idoso, visto que está diretamente relacionado com o ânimo e qualidade de vida.

 

Fontes:

Organização Mundial de Saúde (OMS)

American Journal of Psychiatry

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Isabelle Rayanne Alves Pimentel da Nóbrega, Márcia Carréra Campos Leal et al.Fatores associados à depressão em idosos institucionalizados: revisão integrativa. [Internet].Rio de Janeiro: SAÚDE DEBATE. Jun 2015. [citado 05 de Maio de 2019]. Disponível em:  http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v39n105/0103-1104-sdeb-39-105-00536.pdf

 

 

 

 

 

 

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